A Colombo é uma das mais respeitadas casas comerciais do país, sendo também Patrimônio Histórico e Artístico da cidade do Rio de Janeiro. Embora sua trajetória se entrelace com a evolução da cidade, ela se mantém igualmente bela e elegante como se tivesse parada no tempo, mesmo após seus mais de 120 anos de existência. A decoração art nouveau encanta os olhos e faz referência à belle époque na cidade. A sensação é de se estar entrando em um cenário cinematográfico onde, em salões iluminados, destacam-se enormes espelhos belgas, mobiliário de jacarandá, balcões em mármore italiano e vitrines montadas com finas louças, as quais expõem as guloseimas e produtos da casa. Tal conjunto de atributos fez com que a Colombo fosse tombada como Patrimônio Cultural Carioca em 1983.

Fundada em 1894 pelos portugueses Joaquim Meireles e Manoel Lebrão, a Colombo foi ponto de encontro de intelectuais e dos mais ilustres personagens da nossa história, inspirando poetas e compositores, que a eternizaram em suas obras. Até o Rei Alberto da Bélgica e a Rainha Elisabeth II da Inglaterra foram visitar a famosa confeitaria. A tradição do excelente atendimento e o deslumbrante visual são os grandes trunfos da casa. Antigamente, até as crianças sabiam que, caso tivessem bom comportamento, seriam levadas para lanchar na Colombo.

A confeitaria passou por várias administrações até 1999, quando foi adquirida pelos atuais proprietários, frequentadores antigos da casa. Atualmente, com outros membros da família, vêm fazendo um trabalho impecável de resgate e valorização da memória da Colombo, criando até lembranças com a marca da casa e relançando produtos antigos em embalagens para presente.

A cozinha, comandada pelo chef Renato Freire, especialista em pâtisserie, continua fabricando as iguarias cujas receitas antigas fazem sucesso até hoje. São muitos os doces e tortas, com destaque para o mil-folhas e os biscoitinhos da casa. O salgado mais pedido continua sendo a Maravilha de Camarão e, segundo contam, antigamente, uma réplica dela era fabricada apenas no dia 1º de abril — Dia da Mentira — só que recheada com algodão, para pregar uma peça nos mais distraídos.

Uma das tradições da casa, o chá da tarde, é servido todas as quintas e sextas-feiras depois das 18h e oferece um completo bufê com irresistíveis tentações. Tudo acompanhado pelo som de um piano ao vivo.

Almoços executivos ou à la carte também são concorridos e realizados nos salões Cabral, Bilac e Cristóvão. Lanches leves podem ser degustados no Salão Bar Jardim, no térreo. No segundo piso, foi criado o Espaço Memória, onde uma coleção de louças e cardápios antigos, fotos, matérias jornalísticas e mobiliário de época ficam expostos para visitação.

A Confeitaria Colombo completou 121 anos em setembro de 2015 e, como já é tradição nesses aniversários, os clientes ganharam bolo e espumante para brindar a data, comemorada sempre em grande estilo.

Fonte: Guia Cultural do Centro Histórico do Rio de Janeiro