Dom João VI
Endereço: Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Peça: Busto
Data: 1908
Artista: Rodolfo Bernardelli
Material: Bronze
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Histórico - Por ocasião do centenário do Jardim Botânico (1908), o diretor João Barbosa Rodrigues, encomendou ao escultor Rodolfo Bernardelli (1852-1931) o busto e o brasão de d. João VI, fundador do Jardim Botânico, na época príncipe Regente. Esta obra foi inspirada nas gravuras de Jean Baptiste Debret. Originalmente situada em frente à Palma Mater. Busto e Brasão em bronze sobre base de pedra.
Biografia - Dom João VI (13/5/1767-10/3/1826) nasce em Lisboa. Segundo filho do rei Pedro III, tem a educação negligenciada por não ser o primogênito. Casa-se com Carlota Joaquina, filha mais velha de Carlos IV, da Espanha. Juntos têm nove filhos, entre eles Pedro de Alcântara, futuro imperador do Brasil como Pedro I. Com a morte do irmão mais velho, José, que seria o herdeiro direto ao trono, assume em 1792 a regência do reino, em virtude da loucura da mãe, a rainha Maria I. Quando Portugal é invadido pelas tropas do Império Napoleônico, em 1807, se transfere com a corte para o Brasil. Eleva a colônia a reino, instala tribunais, estabelecimentos bancários e escolas e decreta a liberdade de comércio. Com a morte da mãe, em 1816, torna-se rei. Retorna a Portugal em 1821, pressionado pela corte, para enfrentar o movimento constitucionalista, e é obrigado a aceitar o papel de monarca limitado por uma Constituição.
Escultor - José Maria Oscar Rodolfo Bernardelli. (Guadalajara, México 1852 - Rio de Janeiro RJ 1931). Escultor e professor. Irmão dos pintores Henrique Bernardelli (1858 - 1936) e Felix Bernardelli (1866 - 1905), deixa o México, com sua família, para fixar-se no Rio Grande do Sul, por volta de 1866. Muda-se para o Rio de Janeiro com os pais, futuros preceptores das princesas Isabel (1846 - 1921) e Leopoldina (1847 - 1871), a convite do imperador dom Pedro II (1825 - 1891). Entre 1870 e 1876, freqüenta as aulas de escultura de estatuária de Chaves Pinheiro (1822 - 1884) e de desenho de modelo vivo na Academia Imperial de Belas Artes - Aiba. Como aluno pensionista permanece em Roma de 1877 a 1884, estuda com os mestres Achille d'Orsi (1845 - 1929) e Giulio Monteverde (1837 - 1917). De volta ao Brasil é professor de escultura na Aiba, em substituição a Chaves Pinheiro. Considerado um dos reformadores do ensino artístico no Brasil, Rodolfo Bernardelli é, entre 1890 e 1915, o primeiro diretor da recém-instituída Escola Nacional de Belas Artes - Enba. Em sua gestão cria a categoria de aluno livre e o Conselho Superior de Belas Artes e propõe a edificação da nova sede na avenida Rio Branco. Em 1919, em Madri, é proclamado acadêmico honorário da Real Academia de Belas Artes de San Fernando. Em 1931, no Rio de Janeiro, é fundado o Núcleo Bernardelli em homenagem aos irmãos Rodolfo e Henrique.
Fonte de pesquisa
- Jardim Botânico do Rio de Janeiro
- http://www.itaucultural.org.br
- http://ymy.blogs.sapo.pt
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