Panteão de Duque de Caxias

Endereço: Praça Duque de Caxias, 25
Peça: Estátua equestre
Data: 1889
Artista: Rodolfo Bernardelli
Material: Bronze

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Histórico - A estátua equestre do Duque de Caxias, foi iniagurada em 15 de agosto de 1889 no Largo do Machado, tendo sido tranferida para a frente do Ministério do Exército, na mesma época em que se concluia o novo edifício. Foi colocada em cima de um Panteão onde se encontra a urna com os restos mortais do duque e da duquesa. Feita em bronze, é de autoria de Rodolfo Bernardelli e foi fundido nas oficinas Thiebot em Paris. Apresenta dois baixos-relevos no pedestal de granito de carandaú: a tomada da ponte de Itororó e a entrada do exército em Assunção. Em cima do pedestal vemos o duque a cavalo, em grande uniforme de marechal; tem na mão direita um binóculo e está em atitude de observação.

Biografia - Duque de Caxias chefiou as forças brasileiras na Guerra do Paraguai e recebeu do imperador dom Pedro II o maior título de nobreza dado a um brasileiro. É declarado cadete aos 5 anos. Em 1823, com apenas 20 anos, participa da campanha pelo reconhecimento da independência na Bahia como tenente. Promovido a capitão, conduz a linha de frente brasileira na Guerra da Cisplatina em 1825. É nomeado major e chefia o batalhão do imperador até 1831. Em 1840 combate os focos de resistência ao governo central no Maranhão e no Piauí. Em recompensa pela pacificação das duas províncias, é elevado ao posto de brigadeiro e recebe o título de barão de Caxias. Como comandante das Armas da Corte, reprime a Revolução Liberal de 1842 em São Paulo e em Minas Gerais e dirige as tropas imperiais contra a Revolta dos Farrapos. Em 1845, dom Pedro II o indica para o Senado pelo Rio Grande do Sul. Lidera as tropas do Exército nas guerras platinas em 1851 e exerce, depois, a Presidência da província gaúcha. Em 1866 chefia as forças brasileiras na Guerra do Paraguai e conquista Assunção em 1869.

Escultor - José Maria Oscar Rodolfo Bernardelli. (Guadalajara, México 1852 - Rio de Janeiro RJ 1931). Escultor e professor. Irmão dos pintores Henrique Bernardelli (1858 - 1936) e Felix Bernardelli (1866 - 1905), deixa o México, com sua família, para fixar-se no Rio Grande do Sul, por volta de 1866. Muda-se para o Rio de Janeiro com os pais, futuros preceptores das princesas Isabel (1846 - 1921) e Leopoldina (1847 - 1871), a convite do imperador dom Pedro II (1825 - 1891). Entre 1870 e 1876, freqüenta as aulas de escultura de estatuária de Chaves Pinheiro (1822 - 1884) e de desenho de modelo vivo na Academia Imperial de Belas Artes - Aiba. Como aluno pensionista permanece em Roma de 1877 a 1884, estuda com os mestres Achille d'Orsi (1845 - 1929) e Giulio Monteverde (1837 - 1917). De volta ao Brasil é professor de escultura na Aiba, em substituição a Chaves Pinheiro. Considerado um dos reformadores do ensino artístico no Brasil, Rodolfo Bernardelli é, entre 1890 e 1915, o primeiro diretor da recém-instituída Escola Nacional de Belas Artes - Enba. Em sua gestão cria a categoria de aluno livre e o Conselho Superior de Belas Artes e propõe a edificação da nova sede na avenida Rio Branco. Em 1919, em Madri, é proclamado acadêmico honorário da Real Academia de Belas Artes de San Fernando. Em 1931, no Rio de Janeiro, é fundado o Núcleo Bernardelli em homenagem aos irmãos Rodolfo e Henrique.

Fonte de pesquisa

- Arquivo da Divisão de Monumentos - Prefeitura do Rio
- Monumentos do Rio (Secretaria Municipal de Obras – 1983)
- Arte Ambiente - cidade Rio de Janeiro
- http://ymy.blogs.sapo.pt/tag/duque+de+caxias
- http://www.itaucultural.org.br
- http://www0.rio.rj.gov.br/fpj/