Manequinho

Endereço: Avenida Venceslau Brás
Peça: Estátua
Data: 1906
Artista: Belmiro de Almeida
Material: Bronze

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Histórico - Monumento fontenário de autoria de Belmiro de Almeida, semelhante ao célebre Manneken Piss, de Bruxelas. Situou-se inicialmente na Praça Floriano. O pedestal de mármore sustenta uma bacia em concha sobre a qual cai água vertida irreverente pela graciosa figura em bronze de um menino desnudo. Manequinho é o nome da estátua de um menino nu, que urina dentro de uma bacia e é um simbolo da torcida alvi-negra. Encontra-se instalada em frente à sede social do Botafogo de Futebol e Regatas no Rio de Janeiro. Em 1910 foi instalada na Cinelândia em frente ao Palácio Monroe.Em 1957, quando o Botafogo conquistou o campeonato carioca, a estátua apareceu vestida com a camisa do Botafogo (dizem que por obra de Didi que pagava uma promessa), tornando-se então, um simbolo da torcida botafoguense. E, até hoje, ela é vestida sempre que o clube conquista algum campeonato. Em 1990 a estátua original foi roubada e substituída por uma réplica fundida por Amadeu Zani proprietário do molde original da peça, que é feito em gesso. Em 1994 com a recuperação da antiga sede social do Botafogo, a estátua foi instalada no endereço atual, que fica na Av. Venceslau Brás, 72. Em 2002, Manequinho foi tombado pela prefeitura. Em 2008 a estátua sofreu novo ato de vandalismo e teve seu pênis decepado, mas por tratar-se de bem tombado municipal, a Prefeitura providenciou sua imediata restauração.

Escultor - Belmiro Barbosa de Almeida (Serro MG 1858 - Paris França 1935). Pintor, desenhista, caricaturista, escultor, professor e escritor. Freqüenta o Liceu de Artes e Ofícios e a Academia Imperial de Belas Artes - Aiba, entre 1869 e 1880, no Rio de Janeiro, onde estuda com Agostinho da Motta, Zeferino da Costa e José Maria de Medeiros. Em 1878, estuda com Henrique Bernardelli e Rodolfo Amoedo no Ateliê Livre. Leciona desenho no Liceu de Artes e Ofícios, de 1879 a 1883, e na Escola Nacional de Belas Artes - Enba, de 1893 a 1896. A partir de 1884, passa a viver entre Paris e Rio de Janeiro. A primeira viagem a Paris, em 1884, resulta num redirecionamento estético em seu trabalho, conseqüência do estudo e contato com obras de artistas e intelectuais que renovaram a arte do período: Édouard Manet e Edgar Degas na pintura e Gustave Flaubert e Émile Zola na literatura. Em sua segunda estada na capital francesa, iniciada em 1888, entra em contato com Georges Seurat na Ecole Nationale Supérieure dês Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes e estuda pintura com Jules Joseph Lefebvre e B. Constant et Pelez, aproximando-se de vertentes pós-impressionistas. No Rio de Janeiro, trabalha como caricaturista em diversas revistas, como Comédia Popular, Diabo a Quatro, A Cigarra, Bruxa e O Malho. Funda os periódicos Rataplan e João Minhoca, entre 1886 e 1901. É um dos criadores do Salão dos Humoristas, em 1914, e membro do Conselho Superior de Belas Artes, de 1915 a 1925.

Fonte de pesquisa

- Arquivo da Divisão de Monumentos - Prefeitura do Rio
- Jornal Extra - 05/09/2008
- http://www.itaucultural.org.br